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Foto do escritorBruna Ferreira

Covid-19: A IMPORTÂNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL

Atualizado: 6 de abr. de 2020

Nos últimos dias o que mais estamos escutando é sobre a pandemia da Covid-19 (doença do coronavírus de 2019), recebendo diversas notícias sobre cuidados, perigos, medidas do governo e de órgãos de saúdo do mundo todo. A questão é que o mundo está enfrentando uma pandemia sem precedentes nos últimos 100 anos, fazendo com que a rotina de todos fosse adaptada a uma nova realidade, e precisamos saber o que está acontecendo e como agir diante a isso.

Como a mídia vem vinculando diariamente, sabemos a Covid-19 apresenta baixa letalidade (mortalidade) entre jovens e adultos saudáveis, cerca de 40 a 70% apresentam sintomas leves ou nenhum dos sintomas (assintomáticos). Entretanto, idosos e pessoas com problemas respiratórios e comorbidades (hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros), consideradas grupos de risco, a letalidade da doença aumenta. Idosos acima de 80 anos, quando infectados, apresentam taxa de mortalidade acima de 20%.

Em fevereiro o Brasil registrou os primeiros casos confirmados da doença e em meados de março começou a enfrentar a pandemia, sendo relatados centenas de novos casos diariamente. Para conter o avanço dos contágios, os principais órgãos de saúde do país declararam a importância do isolamento social, principalmente às pessoas pertencentes ao grupo de risco. Estados com grandes números de casos, principalmente o Estado de São Paulo, declararam quarentena de 15 dias. Todas as atividades não essenciais não funcionarão durante esse período. Para evitar aglomerações, escolas e universidades tiveram as aulas suspensas.


Mas a pergunta que todos fazem: Se as crianças, jovens e adultos não estão no grupo de risco, porquê devem se isolar? Por que as pessoas precisaram parar de trabalhar? A seguir vamos explicar o porquê do isolamento social ser tão importante para conter a pandemia no país.


A Covid-19 é causada por uma nova espécie de coronavírus (Sars-Cov- 2), este vírus se originou na China e hoje está presente em quase todos os países do globo. Por se tratar de uma nova espécie de vírus, pessoas do mundo todo estão sendo infectadas pois não possuem imunidade contra ele, ou seja, todos podem ser infectados. Por esse motivo, o contágio ocorre de modo muito rápido, diferente de qualquer outra pandemia moderna, como Gripe A (vírus H1N1). Os casos crescem de modo exponencial, ou seja, dobram dia após dia. “Okay, mas são poucas as chances das pessoas infectadas desenvolverem sintomas mais graves”, poderiam afirmar. Sim, realmente. Mas as pessoas que apresentam casos assintomáticos, como crianças, jovens e adultos saudáveis, são reservatórios do vírus e por não saberem que estão com a doença acabam transmitindo para muitas pessoas, incluindo as que estão no grupo de risco. A Covid-19 pode acarretar em uma grave deficiência respiratória nos contagiados, sendo de grupo de risco ou não. No qual, cerca de 20% dos infectados precisarão de atendimento hospitalar e cerca de 5% ocuparão leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para a utilização de respiradores mecânicos. As porcentagens podem parecer baixas, mas não podemos esquecer da velocidade do contágio. Em poucas semanas na capital paulista serão milhares de infectados e centenas de leitos hospitalares deverão ser ocupados (leitos que já estão ocupados por pessoas com outras enfermidades). Isso acontecerá simultaneamente em diversas cidades do país, causando um colapso no sistema de saúde. Simulações recentes mostram que sem medidas de controle, como o isolamento, mais de 40 mil pessoas ficariam sem vagas e UTIs e quase 40 mil pessoas sem respiradores mecânicos no país.

Imagem 1: Gráfico elaborado pelo cientista Drew Harris e adaptado pelo biólogo Carl Bergstrom mostra como medidas de prevenção podem retardar o contágio da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde — Foto: Carl Bergstrom e Esther Kim/CC BY 2.0. Fonte: https://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2020/03/16/como-achatar-a-curva-parte-1.ghtml.

Então, afinal de contas, o que o isolamento social pode ajudar com isso?

O isolamento social e as medidas de quarenta proporcionam a redução do números de casos ou faz com que os contágios ocorram de um modo mais gradual. Estudos mostram que mais de 60% da população mundial irá se contagiar com o vírus, mas isso precisa acontecer aos poucos, de modo que o sistema de saúde consiga suportar o atendimento aos contagiados. Países que adotaram as medidas de controle, como o isolamento social, apresentaram melhores dados no enfrentamento da pandemia, com o controle do crescimento dos números de casos sendo distribuídos ao longo do tempo e menores taxas de mortalidade (como a Coreia do Sul, China e Alemanha).

Vídeo 1: Vinculado pelo A Gazeta do Espirito Santo. Fonte:https://www.instagram.com/p/B-MrNXKBTB6/?igshid=1fe11bjqrs5n4.


Para a Covid-19 ainda não existe vacina ou tratamento eficaz. Para conter a disseminação do vírus será necessário ações individuais e de toda população. Por isso, se puder fique em casa. Ao sair na rua, se proteja. Ajude os familiares e vizinhos mais idosos. Projeta quem você ama e os mais vulneráveis.

Para entender mais sobre a importância do isolamento, acesse os materiais recomendados.

Video 2: Por que o CORONAVÍRUS pode parar a sua vida? Produzido pelo Doutor em Virologia Átila Iamarino. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Y10vCOXxtds.


Vídeo 3: Como a pandemia pode acontecer no Brasil. Produzido pelo Doutor em Virologia Átila Iamarino. Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=7jHgS4yxS0A.


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