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  • Foto do escritorJulia Isaac

Motivação no trabalho: como ter?

Falar de motivação no trabalho significa entender a gratificação que ele lhe proporciona. "A própria tarefa em si pode ser gratificante. Exemplo daquele aposentado financeiramente independente, mas que se mantém ativo", ilustra Célio Estanislau, pesquisador em neurociência comportamental e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Quando o serviço deixa a desejar, a gratificação costuma acontecer por outros fatores, como dinheiro para realizar um sonho ou sensação de pertencer a um grupo. Tais emoções positivas são explicadas pelo sistema de recompensa que se encontra no cérebro. "O neurotransmissor dopamina é liberado em uma área importante para a motivação: o núcleo accumbens", descreve. "Esse mecanismo é disparado automaticamente ao realizar algo que tenha caráter gratificante para o indivíduo, seja o próprio trabalho ou uma coisa fora dele, como uma meta pessoal", exemplifica.

Aquilo que motiva uma pessoa, claro, não motivará outra. "Isso porque as necessidades delas serão diferentes. É a necessidade que gera o comportamento", sintetiza Paulo Sérgio Boggio, coordenador do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A seguir, os neurocientistas listam seis "gatilhos" para ajudar a manter a motivação no trabalho. Confira!


1 - Crie metas com significado

Um "gatilho" de motivação é traçar uma meta pessoal, como fazer uma viagem, comprar algo ou se qualificar. "Ou seja, a pessoa busca se manter consciente das suas razões para realizar aquela atividade", resume Estanislau. "Imaginar algo que ocorrerá no futuro pode 'emprestar' motivação para realizar uma atividade agora. Isso depende do pleno funcionamento de áreas associativas do córtex cerebral", justifica.


2 - Seja parte de algo maior

Boggio lembra que a sensação de pertencer a um grupo ou ambiente gera autoestima e, consequentemente, motivação. "Estudos que simulavam chats mostraram que os participantes excluídos da conversa tinham menores níveis de gratificação. Ou seja, ostracismo, sentimento de impotência ou de ser deixado de lado desmotivam", lista.


3 - Mais colaboração, menos competição

O ser humano naturalmente gosta de andar em grupo. Dessa forma, ajudar e ser ajudado gratifica e estimula. "Quando você precisa de algo e alguém lhe oferece, há uma sensação forte de gratidão. Em contrapartida, se a oferta não é vista como feita de boa vontade, o efeito pode ser contrário. Uma das razões pelas quais nem sempre uma bonificação motiva", lembra Boggio.


4 - Identifique as causas do estresse

O estresse desmotiva, ao exemplo do trabalho, mesmo quando a causa seja externa, como uma doença na família. "Ele envolve uma cascata de eventos no cérebro e em glândulas que preparam o organismo para enfrentar situações difíceis. Como parte da resposta, a atenção da pessoa fica enviesada. Para completar, o estresse também afeta o sistema de recompensa. "No trabalho, é frequentemente provocado por pressões irrealistas, imposições, individualismo e sabotagens. Assim, sua redução exige necessariamente identificar e evitar a causa do problema", recomenda Estanislau.


5 - Contra a frustração, comunicação!

Segundo Estanislau, a frustração é uma instância do estresse. "Ocorre quando a expectativa de gratificação não se concretiza. Seja lá o que a pessoa esteja fazendo, não está funcionando para atingir os mesmos resultados que no passado", pontua. Se por um lado isso é estressante, por outro, traz um desafio de adaptação e uma tendência a testar novas estratégias. Para o neurocientista, a forma de evitar a frustração é por meio da melhora na comunicação em geral.


6 - O valor para ser feliz

Nem sempre o dinheiro garante motivação. Boggio explica que há uma hierarquia de necessidades que procuramos suprir, em forma de pirâmide. Na sua base, está não passar fome ou sede. No primeiro andar, viver em local seguro. "A partir dai, começam necessidades socioculturais, como se sentir amado e aceito. No topo, sentir-se realizado com plenitude", ilustra. Apenas quando uma necessidade é resolvida, passa-se ao andar seguinte. "Se tenho fome, a busca por necessidades complexas não terá sentido", sintetiza. Razão pela qual nem sempre um salário mais alto consegue manter um talento na empresa. "Até certo valor, a relação entre dinheiro e felicidade acontece. Ultrapassando-o, o dinheiro não faz mais sentido, porque as necessidades básicas estarão atendidas. O profissional passa a procurar, por exemplo, outras formas de reconhecimento que não financeira", finaliza.


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Fonte: Uol - Viva Bem


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E aí, faz todo o sentido, não? Use o texto para refletir sobre como anda sua motivação, seja no ambiente de trabalho, seja com sua família ou seja com seus amigos e próximos. Essa situação de quarentena e pandemia pode influenciar muito negativamente nossa motivação e saúde mental. Mantenha-se positivo. Cuide-se! <3

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