Sabe-se que ainda possuímos muito pouco conhecimento sobre os mistérios dos oceanos, entretanto, cada vez mais descobertas têm sido feitas acerca de regiões mais profundas que nunca haviam sido exploradas. Infelizmente, mesmo parecendo ser uma região pouco explorada por conta da dificuldade de acesso, os efeitos antrópicos já chegaram às profundezas dos oceanos, seja por extração de petróleo e minérios ou então pela poluição com plásticos e outros compostos.
A falta de conhecimento acerca dessas regiões é preocupante visto que não há como proteger espécies e locais que não são conhecidos, diante disso, é evidente a necessidade de investimento em pesquisas e estudos sobre os oceanos e suas áreas menos conhecidas, além disso, também é necessário que os resultados desses tipos de pesquisas sejam popularizados de modo a influenciar a população à preservar da maneira que pode os oceanos.
Essa preocupação é enfatizada ao analisarmos um estudo que investigou as profundezas do Oceano Atlântico por cinco anos e revelou a descoberta de 12 espécies que eram até então desconhecidas. Essas espécies se tratam majoritariamente de musgos, corais e moluscos e já encontram ameaçadas pelas mudanças climáticas e os efeitos antrópicos.
Além disso, foi revelado pelo professor Murray Roberts da Universidade de Edimburgo que esses cinco anos de exploração revelaram lugares especiais nos mares e como eles funcionam. Foram encontradas comunidades inteiras formadas por corais e esponjas que sustentam o oceano, muitos peixes efetuam a desova ou utilizam daquele local para se alimentar, o que evidencia cada vez mais a importância do conhecimento desses lugares não vistos pela população, visto que as mudanças climáticas, a poluição e a negligência para com o mar podem acarretar em diversos problemas que afetam diretamente essas comunidades que funcionam como base para outras espécies.
Infelizmente, por se tratarem de regiões que não são avistadas por todos, muitos acreditam que "o fundo do mar" está a salvo e não sofre consequências diante das explorações antrópicas, entretanto, já é possível afirmar que isso não é verdade.
Para evitar que espécies sejam extintas antes mesmo de serem descobertas pela ciência devemos cada um fazer nossa parte, pesquisando mais sobre o assunto, jogando lixo no lixo e conscientizando as pessoas.
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