A pressão de escolher uma profissão, uma faculdade/universidade, passar nos vestibulares, ao mesmo tempo em que está concluindo o ensino médio pode acarretar numa escolha equivocada. Como resultado desse equívoco, temos um alto índice de evasão acadêmica logo no primeiro semestre da faculdade. É um momento turbulento na vida dos jovens, somado ao medo da reprovação. A consequência poderá ser um jovem confuso, ansioso, e inseguro, podendo desenvolver depressão e outras consequências relacionados a stress, segundo Calais (2003), do departamento de psicologia da Unesp, que avaliou os índices de estresse entre estudantes do 1º e 3º ano do ensino médio em cursinhos pré-vestibulares e primeiro e último anos de faculdade. O resultado não deixou dúvida sobre qual era o grupo sob efeito de maior pressão emocional. Enquanto a média geral de participantes com estresse foi de 65,6%, entre os pré-vestibulandos o número foi de 83%. Em seguida vieram os alunos do 3º ano, com 70% de incidência. De acordo com outro estudo feito por Paggiaro (2009) chamado Estresse e escolha profissional: um difícil problema para alunos de curso pré-vestibular, revelou que 42,1% da amostra acreditavam estar pouco informados sobre a profissão que tinham intenção de exercer. Quanto a segurança na tomada da decisão profissional, 64,6% revelaram alguma insegurança, e 40% manifestaram alto grau de insegurança. Para resolver o problema, elas citam fatores que poderiam ajudar a melhorar essa situação “...o aluno deve estar preparado para enfrentar perdas e fracassos e para escolher sua profissão de forma madura e segura...” Maturidade e segurança podem ser alcançadas por meio de programas de orientação profissional aos estudantes e treinamento de professores de curso pré-vestibular para que não só desafiem seus alunos a se envolverem cada vez mais com o estudo, mas que tanto lhes proporcionem uma visão ampliada da escolha profissional. Ou seja, o autoconhecimento nesse contexto é importante para reduzir o risco de uma escolha errada. Segundo Fernando Aguiar, mestre em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), “Qualquer processo de escolha ou planejamento tem de começar com o autoconhecimento. É preciso pensar sobre as respostas para perguntas como “quem sou eu?” e “o que quero para a minha vida?...”. Se tiver feito uma escolha desconectada com os próprios propósitos, a pessoa pode se sentir forçada a permanecer trabalhando com aquilo por falta de outra oportunidade, o que causa sofrimento e até adoecimento. Só com o autoconhecimento é possível fazer escolhas benfeitas.” Com isso, podemos dizer que para superar essa pressão psicológica é preciso foco, autoconhecimento e pesquisas afundo sobre sua possível carreira.
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