No dia 07 de novembro de 2020 foi comemorado mais um aniversário de Marie Curie. A polonesa estaria celebrando seus 153 anos de idade.
Nascida em Varsóvia como Marya Sklodowska, Marie sempre esteve rodeada de pessoas influentes no mundo dos estudos. Seu pai era matemático e físico, enquanto sua mãe era diretora de uma escola de meninas. A garota frequentou escolas pública, criava grupos de estudo clandestino em uma Rússia czarista e sempre se destacou entre os demais alunos.
Em 1891, Marie se mudou para Paris, para estudar em Sorbonne. Seu esforços foram exaltados quando passou em primeiro lugar em licenciatura de física e em segundo para matemática. Foi nesse mesmo ano em que ela conheceu seu cônjuge Pierre Curie.
Marie Curie em seu laboratório em Paris. Foto: Encyclopaedia Britannica
A cientista nunca parou de estudar. Para suas pesquisas de doutorado, Marie encontrou as anotações de Antonie-Henri Becquerel's sobre a descoberta da emissão de raios X pelo urânio e decidiu explorar ainda mais esse fenômeno. Foi ai que ela encontrou uma grande inconsistência: a pechblenda, uma variedade de uraninita, continha mais radioatividade do que poderia ser medido entre urânio e tório. A partir disso, ela concluiu que o minério deveria conter algum elemento que até então era desconhecido, mas que era extremamente radioativo. Após anos de estudo e com a ajuda de Pierre, Marie pôde descobrir que os elementos eram polônio e rádio. E foi com essa descoberta que ela desenvolveu a sua tese de Ph.D com o tema raios urânicos, provando que o óxido de urânio é um mineral capaz de eliminar a radiação armazenada nos átomos, e, com isso, ganhou, no mesmo ano, o prêmio Nobel de física por descobrir a radioatividade. Marie e Pierre nunca cessaram suas pesquisas e continuaram a buscar outros minerais que pudessem também apresentar atividade radioativa. Nessas investigações, eles desenvolveram uma técnica laboratorial denominada cristalização fracionada, que consiste em aquecer um material a elevadas temperaturas e resfriar gradativamente. Em 1911, a pesquisadora ganhou mais um Nobel, agora de química, pela descoberta do polônio e do rádio. Assim, Marie Curie foi a primeira pessoa a receber dois prêmios Nobel.
Marie e Pierre Curie.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie desenvolveu rapidamente aplicações médicas para suas descobertas, criando unidades móveis de radiografia que foram apelidadas de “petites Curies”.
Além de Marie e Pierre, uma de suas filhas, Irène Joliot-Curie e seu genro Frédéric Joliot-Curie, também conquistaram o prêmio Nobel de química pela descoberta da radioatividade artificial.
The Petit Curie. Foto de https://www.worldwars.com/marie-curie-world-war-one/
Marie Curie morreu em 4 de julho de 1934, aos 66 anos, vítima de uma leucemia, em decorrência de toda a exposição à radiação a que foi submetida durante sua carreira científica e acadêmica.
Com isso, a pesquisadora foi um exemplo de mulher que enfrentou todo o sistema para ir atrás de seus estudos, sua formação e seu sonho. Não mediu esforços como cientista e humanista, sendo uma das maiores mulheres na área científica. É um exemplo de feminista despropositadamente que mudou a história dando partida as várias teses de radioatividade e estudos que permeiam o mundo até os dias atuais, além de demonstrar como as mulheres são tão capazes como os homens, escancarando ao mundo o valor intelectual e a riquíssima contribuição que as mulheres podem fornecer ao mundo científico. Logo, além de ter contribuído ativamente aos estudos físicos e químicos, Marie foi um exemplo de mulher veemente.
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