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O maior fungo do mundo

Cobrindo uma área de 2200 acres, cerca de 8,9 quilômetros quadrados, o fungo de nome científico Armillaria ostoyae é o maior ser vivo do planeta atualmente.


Photo: Google Earth


Localizado em Blue Mountains, Oregon, nos Estados Unidos, esse fungo, também conhecido como “cogumelo de mel”, tem por volta de 2.000 a 8.000 anos, segundo Greg Filip, um patologista da U.S Forest Service. O ciclo de vida desse organismo começou singelo, com um único esporo pequeno e praticamente invisível ao olho nu, porém, em 1988, Greg Whipple, um funcionário do serviço florestal de Oregon, percebeu a presença do cogumelo e coletou amostras em diversas áreas da floresta e em proximidades e, por testes de DNA, ele pôde descobrir que toda aquela região era colonizada pelo mesmo organismo vivo.


Photo: Antrodia


Com isso, puderam observar que esse fungo é composto de rizomorfos pretos, estruturas que transportam nutrientes por longas distâncias e se espalham sob a superfície em busca de hospedeiros e outros micélios. Entretanto, esse ser vivo não se parece com “cogumelos clássicos” ao longo do ano, pelo contrário, esbanja esporos e o formato tradicional apenas no outono. Nas demais estações, ele se comporta como uma camada branca, semelhante ao látex, espalhado pela floresta.


The fungus grows under the bark of trees.

Vince Patton / OPB

Dessa maneira, visualizando um fungo dessa proporção, abre-se uma discussão sobre a importância desses organismos e a necessidade de preservação e entendimento sobre eles. Um fungo é um ser vivo eucarioto, unicelular ou pluricelular e heterótrofo que faz parte do Reino Fungi e pode ser dividido em cinco filos: quitridiomicetos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e os deuteromicetos. Por ter muitos representantes e formas de alimentação variada, cada espécie se comporta de uma maneira, levando benefícios ou malefícios para cada outro ser vivo que coincida com seu caminho. Logo, os fungos podem ser utilizados tanto na alimentação, como também podem desencadear patologias. Desse modo, o Armillaria representa essas duas vertentes.


De um lado, os chefes de cozinha mais corajosos, como o italiano Antonio Carluccio, afirmam que o fungo é delicioso com espaguete e pimenta vermelha. Por outro, as árvores não podem dizer o mesmo, isso porque o cogumelo de mel tenta matar todas as plantas da qual ele toca. Diferentemente de outros fungos que beneficiam as raízes de plantas, o Armillaria cresce por toda a base da árvore e mata os seus tecidos, sugando a vida dela. Pode demorar de 20 a 50 anos para a conclusão da morte. É um fungo parasita que mata as árvores e depois recicla os nutrientes para devolver ao solo.


A partir dessa concepção, Dan Omdal, do Washington Department of Natural Resources , está testando variedades de árvores resistentes a esse fungo para manter a harmonia na floresta. Destarte, mesmo levando malefícios a alguns seres vivos, ele também contribui com a renovação do solo e, após a morte e a queda de uma árvore, os pássaros podem utilizá-la como abrigo.

Apesar dessa exuberância, essa espécie não se restringe apenas a Oregon, pois há amostras menores em Michigan e na Alemanha.


Contudo, esse fungo gigantesco é mais uma obra-prima da natureza.


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