As espécies vegetais têm diferentes formas de se defender, não somente contra insetos e animais. Muitas plantas utilizam suas defesas contra outras espécies vegetais, por água, luz e nutrientes. Podemos dividir as formas de defesa das plantas em basicamente dois tipos. Existem as defesas físicas, que são estruturas que se desenvolveram ao longo de milhares de anos possibilitando que as plantas tivessem alguma forma de proteção contra seus inimigos. E defesas químicas, responsáveis por toxinas que atuam contra o organismo que está atacando a espécie vegetal.
Os espinhos são um exemplo de defesa física. Além de protegerem contra ataques de pássaros e formigas eles também têm a importante função de reter água em algumas espécies. É o caso da maioria da Família Cactaceae, em que os espinhos são modificações das folhas. Como grande parte dessa Família se desenvolve em climas quentes e áridos foi necessário adaptações das espécies para que perdessem a menor quantidade de água possível. Sendo assim, suas folhas passaram a se desenvolver como espinhos diminuindo sua área total e a perda de água pela planta, defendendo-se também contra o clima quente e seco.
Além dos espinhos existem também outros tipos de defesas físicas, como no caso do capim-navalha (Rhynchospra exaltata). Essa espécie possui grãos menores do que os de areia preenchendo suas folhas os quais tem capacidade de cortar e irritar nossa pele.
Fonte (PIXABAY 2020) Fonte: (ANDRADE 2020)
As defesas químicas muitas vezes são utilizadas junto das físicas. Exemplo disso são espécies de plantas que combinam espinhos com substâncias tóxicas secretadas por eles como é o exemplo da Urtiga (Urtica dióica). Essas substâncias, quando entram em contato com nossa pele, causam a sensação de desconforto e queimadura. Entretanto, dependendo do caso, podem ser fatais a alguns animais ou insetos tornando-se assim muito eficientes.
Fonte: (Depositphotos; 2020)
Para que não tenhamos problemas com essas plantas é muito importante seguirmos algumas recomendações:
1) Nunca devemos comer folhas ou frutos de plantas que não conhecemos e não sabemos a procedência. Muitas vezes o contato com a pele não causa tantos danos, mas a ingestão de partes da planta pode ser fatal
2) O mesmo serve para chás e sucos. Eles nunca devem ser feitos com folhas ou frutos desconhecidos
3) Quando trabalhamos em jardins por exemplo é muito importante sempre manusear as plantas que não conhecemos com luvas de proteção
4) Caso haja sinais de intoxicação por plantas procure um hospital mais próximo e de preferência leve uma amostra para facilitar na identificação do medicamento que será utilizado
Fonte: Ciência Hoje das Crianças-nº186/Abr 2007
Comments