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Foto do escritorAnita Seneme Gobbi

Aves marinhas: Spheniscidae e Procellariidae


Ao citarmos aves marinhas a primeira coisa que as pessoas relacionam são os pinguins, entretanto, há uma vasta diversidade desses indivíduos tão magníficos, com 12 famílias diferentes os representando, infelizmente, ainda há poucos estudos referentes às espécies dessas aves.

Com o intuito de apresentar um pouco da diversidade das aves oceânicas, duas famílias serão citadas com suas características, porém, é de extrema importância enfatizar que a taxonomia desses organismos ainda está fluindo e alguns autores podem separá-los de maneira diferente. As famílias abordadas serão Spheniscidae e Procellariidae, porém, ainda existem as seguintes famílias: Alcidae, Diomedeidae, Hydrobatidae, Oceanitidae, Phaethontidae, Fregatidae, Sulidae, Stercorariidae, Laridae e Scolopacidae


  • Spheniscidae


A família Spheniscidae é composta pelos conhecidos pinguins, aves que são adaptadas para a vida aquática, possuindo então asas que funcionam para impulsionar a água, possibilitando uma natação mais eficaz, por conta disso, essas aves não são capazes de voar.

Localizam-se nas águas frias do Hemisfério Sul, e dividem-se em mais de 19 espécies e 6 gêneros diferentes, a grande maioria das espécies convive em grandes colônias. Geralmente, são separados em 5 grupos: os pinguins do gênero Aptenodytes (ruling penguins), os pinguins do gênero Pygoscelis (brush-tailed penguins), os pinguins do gênero Eudyptes (crested penguins), os pinguins do gênero Spheniscus (banded penguins) e, por fim, os pinguins dos gêneros Eudyptula e Megadyptes (miscellaneous penguins).

  • Procellariidae



A família Procellariidae é a mais diversa, composta por aves marinhas procelariformes, como por exemplo, petréis, pardelas, cagarras, pardelões, grazinas ou freiras, incluindo assim algumas das aves mais raras e desconhecidas. Diante de sua tamanha diversidade os Procellariidae são compostos por desde organismos pequenos, até organismos grandes, além disso, abrangem desde espécies migratórias até espécies sedentárias. São cerca de 80 espécies usualmente divididas em 4 subfamílias: Fulmarine Petrels, Prions, Gadfly petrels e Shearwaters. São caracterizadas como excelente voadoras, que passam a grande maioria de suas vidas voando sobre os oceanos.

Estudos moleculares têm sido de extrema importância para chegar em um consenso sobre a taxonomia desses indivíduos e dos diferentes grupos que se encontram incluídos nos Procellariidae, visto que ainda existem lacunas em relação às diferentes espécies.

Alguns gêneros presentes nessa família são: Pelacanoides, que são restritos às águas frias do Hemisfério Norte; Macronectes, Fulmarus, Pagodroma, Daption e Thalassoica, os quais habitam principalmente regiões de alta latitude; também temos Pachiptila, Halobaena que se localizam nas regiões temperadas do Hemisfério Sul; entre outros gêneros.


  • Exemplos de indivíduos representantes das outras famílias


(Alcidae, Diomedeidae, Hydrobatidae, Oceanitidae, Phaethontidae, Fregatidae, Sulidae, Stercorariidae, Laridae e Scolopacidae, respectivamente)


Diante tamanha diversidade é praticamente impossível introduzir as características de todas as famílias que as aves marinhas abrangem, por isso, é necessário relembrar que os gêneros citados e as imagens selecionadas são somente alguns exemplos desses organismos.

É preciso o investimento em mais pesquisas e estudos direcionados para essas aves, visto que, por serem dificilmente vistas pela população e consequentemente pouco conhecidas, são poucas as campanhas de conservação, afinal, é muito mais fácil pesquisar aves terrestres.

Ademais, o número aparentemente grande das aves marinhas hoje é somente uma fração do que já existiu. A poluição marinha com plásticos e outros compostos, a pesca exagerada e as luzes que atrapalham e distraem esses indivíduos são alguns fatores responsáveis pela diminuição do número de indivíduos.

Referência Bibliográfica

HOWELL, Steve N. G.; ZUFELT, Kirk. Oceanic Birds Of the World: a photo guide. New Jersey: Princeton, 2019.


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