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Mata Atlântica: seus processos de degradação

O termo "hotspots" é utilizado para designar lugares que apresentam grande riqueza natural e elevada biodiversidade, mas que, apesar disso, encontram-se ameaçados de extinção ou passam por um corrente processo de degradação. Trata-se dos lugares do planeta onde a conservação de suas feições naturais se faz mais urgente. A Mata Atlântica, que possui atualmente apenas 8,5% de seu território original de modo bastante fragmentado, é um dos hotspots de suma importância não só para o Brasil, mas para o planeta como um todo. Considerada um dos maiores repositórios da biodiversidade no planeta, a Mata Atlântica detém o recorde de plantas lenhosas (angiospermas) por hectare, sendo 450 espécies/ha no sul da Bahia. O domínio possui cerca de 20 mil espécies vegetais (8 mil destas endêmicas), além de mais de 2 mil espécies de aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes. A Mata Atlântica fornece também uma gama enorme de serviços ecossistêmicos para a sociedade brasileira, dentre os quais destacam-se o abastecimento de água para a população, a indústria e a agricultura; a regulação climática e o armazenamento e reservatório de carbono; a manutenção de encostas e atenuamento de enchentes; a produção de madeira, fibras e óleos, dentre outros. Apesar da sua importância, a área da mata, que ocupava originalmente 1.315.000 km2, foi reduzida a apenas 12,5%, sendo considerada um hotspot de biodiversidade. Esse valor, ainda, considera áreas a partir de 3 ha, mas é sabido que apenas áreas com mais de 100 ha são representativas para a conservação da biodiversidade. Com isso, a área remanescente fica em 8,5%, ou seja, pouco mais de 100.000 km2. Segundo Luiz Marques, em seu livro “Capitalismo e colapso ambiental”, o desmatamento da Mata atlântica está enraizado na história do Brasil: como a colonização brasileira se deu no sentido leste-oeste e a mata está na costa leste do Brasil, ela foi a primeira vítima da ocupação predatória. A mata era como uma barreira a ser vencida. Os ciclos econômicos que vieram depois do extrativismo, como o do ouro, da cana e do café, aceleraram em muito as perdas de floresta, assim como a própria urbanização: atualmente, as 3.429 cidades brasileiras que estão no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica possuem um altíssimo índice de urbanização. Segundo o SOS Mata atlântica, essas cidades foram construídas sobre florestas e representam 72% da população brasileira. Dados os fatos, é necessário entender quais são as medidas que nós podemos tomar para a preservação desse ecossistema, para que seja minimizado os processos de degradação dessa biodiversidade que é tão grande. Abaixo você confere dicas simples, mas de extrema importância, de atitudes pequenas que podem ser adotadas, que auxiliarão na preservação não só da Mata atlântica, mas do meio ambiente como um todo.

- Não jogue lixo no chão. Carregue-o até a lixeira mais próxima.

- Preserve a vegetação nativa. Não desmate nem ateie fogo na vegetação

- Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.

- Recicle e/ou reaproveite tudo o que puder.

- Reduza ao máximo o gasto de água: feche torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para lavar calçadas, aproveite água de chuva.

Assista ao vídeo e confira um pouco mais sobre a biodiversidade da Mata Atlântica.



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